FMEA 5ª EDIÇÃO É O NOVO MANUAL FMEA AIAG-VDA 1ª EDIÇÃO

Alinhamento FMEA AIAG-VDA

Atualmente, os fornecedores de produtos são obrigados a avaliar os modos de falha e os efeitos de seus produtos de maneira diferente, com base nas diferenças entre as tabelas de classificação de Gravidade, Ocorrência e Detecção nos manuais VDA e AIAG FMEA. Isso causa confusão e adiciona complexidade ao desenvolvimento de produtos e às atividades de aprimoramento de produtos dos fornecedores.

O foco do grupo de trabalho é apresentar um conjunto comum de requisitos / expectativas de FMEA que permitirá aos fornecedores ter um único processo de negócios de FMEA e um conjunto associado de métodos e ferramentas para produzir FMEA robustos, precisas e completas que atenderiam às necessidades e as expectativas de qualquer um dos seus clientes.

 

A 5ª Edição do Manual FMEA se transformou no novo manual FMEA AIAG-VDA 1ª EDIÇÃO

O que é o FMEA?

A metodologia de Análise do Tipo e Efeito de Falha, conhecida como FMEA (do inglês Failure Mode and Effect Analysis), é uma ferramenta que busca, em princípio, evitar, por meio da análise das falhas potenciais e propostas de ações de melhoria, que ocorram falhas no projeto do produto ou do processo.

O FMEA (Failure Modes and Effects Analysis) ou Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos), representa uma ferramenta preventiva, aplicada no desenvolvimento de Produtos e de Processos. Ele pode, também, ser aplicado em modificações e ou melhorias que se queira introduzir em projetos e processos antigos ou, ainda, quando existe modificações no ambiente de trabalho. É um método analítico sistemático, para identificar problemas potenciais, suas causas e efeitos, com a execução de trabalho em equipe. É um documento vivo, devendo estar em constante atualização, interagindo com os planejamentos da produção e da qualidade, através dos Planos de Controle.

O Automotive International Action Group (AIAG) é uma associação sem fins lucrativos fundada em 1982 e com sede em Southfield, Michigan. Foi originalmente criado para desenvolver recomendações e um quadro para a melhoria da qualidade na indústria automotiva norte-americana. As áreas de interesse da associação expandiram-se para incluir padrões de qualidade de produtos, código de barras e padrões RFID, gerenciamento de materiais, EDI, recipientes retornáveis e sistemas de embalagem e questões regulatórias e alfandegárias para a cadeia automotiva.

A Verband der Automobilindustrie, VDA, (literalmente União das indústrias automotivas) é uma associação com sede em Frankfurt am Main que congrega várias indústrias alemãs que atuam no ramo automotivo. A VDA é responsável pela organização da feira internacional da indústria automobilística, a Internationale Automobil-Ausstellung e compila uma série de manuais e normas que são a base para os requisitos específicos e sistemáticas de auditoria da cadeia automotiva dos fornecedores que a compõe.

Nesse momento, resumidamente, a AIAG e a VDA já estão harmonizadas e são válidos a partir maio de 2018.

Novidades:

1) Abordagem em 7 (sete) passos:

1º Passo – Planejamento e Preparação;

2º Passo – Análise da Estrutura;

3º Passo – Análise da Função;

4º Passo – Análise de Falhas;

5ª Passo – Análise de Riscos;

6ª Passo – Otimização;

7ª Passo– Documentação e Comunicação.

Todo o sistema foi redesenhado para alcançar boa qualidade, confiabilidade, segurança em nossos produtos e processos. Estes seis passos são aplicáveis ao design e ao processo FMEA’s.

7th Step – Documentation

2) Forma de Preenchimento do FMEA Report:

O modelo da 4ª edição foi projetado para que o mesmo seja preenchido em células em branco, deixando a equipe preencher as células de cada linha na planilha em branco com informações. É mais lento para equipes multifuncionais pois gera repetições sistemáticas de cada etapa.

No novo modelo traz cada etapa passo a passo, permitindo que a equipe tome em consideração itens que podem não ter sido considerados usando o fluxo de preenchimento. Esse formato mais rápido para equipes multifuncionais devido à agenda focada em uma tarefa por vez.

Atual – “Fill in the blanks”: O manual atual explica o que é cada coluna, deixando a equipe preencher as células de cada linha na planilha em branco com informações. É mais lento para equipes multifuncionais pois gera repetições sistemáticas de cada etapa.

Novo – “Método de análise por etapas”: O novo manual explica o objetivo de cada etapa passo a passo, permitindo que a equipe tome em consideração itens que podem não ter sido considerados usando o fluxo de preenchimento. Esse formato mais rápido para equipes multifuncionais devido à agenda focada em uma tarefa por vez.

3) Alteração das Tabelas de Pontuação:

Valores de Severidade: Totalmente alinhados à SAEJ1739 e adição das colunas: Impacto no seu processo, impacto no processo posterior e impacto no consumidor.

Valores de Ocorrência: Revisão dos controles preventivos como critérios anteriores à análise da taxa de ocorrência da causa da falha.

Valores de Detecção: Os índices de ocorrência agora consideram a capacidade de detecção e o tempo necessário à detecção como critérios de análise da pontuação. Adicionada a categoria “Tipo de Detecção” que descreve os mecanismos típicos de controle.

4) Extinção do RPN e implementação do AP:

Umas das mudanças mais marcantes é a implementação do Action Priority – AP. Entra em substituição ao RPN – Risk Priority Number –  e dependerá de valores tabelados que estão disponíveis na nova edição.

Dependendo-se dos valores de Severidade, Ocorrência e Detecção, o valor de AP é determinado conforme exemplo a seguir:

A coluna Prioridade da Ação estabelece um critério com base na combinação da severidade, ocorrência e detecção para priorização das ações recomendadas. No novo manual foi criada uma tabela, baseada em lógica que atribui a classificação Alta, Média e Baixa (H, M e L nas siglas em inglês) cobrindo 1000 combinações possíveis de pontuações dos três índices. Com base nessa classificação, deverá ser orientada a robustez e o prazo das ações.

Em suma, o novo manual do FMEA estrutura de forma mais detalhada a construção da abordagem funcional, garantindo maior aprofundamento e deixando menos margens para consideração de todos os potenciais modos de falha e direcionamento das devidas ações recomendadas.

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